sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Tempos de Alice, meio Alice


...Enquanto buscava pelo coelho branco, o vento soprava, as folhas caiam, e a chuva inundava. Tudo era meio sem cor, silencioso, neutro.
Mas alguém me encontrou de uma forma bastante peculiar.
Às vezes me vejo meio Alice, buscando pelo coelho branco que parece fugir de mim. Já fui muito decidida, já fui fraca, já fui torre, muro.
Meu mundo se resumia em fábulas, mas meus contos geralmente não terminavam com o ‘Felizes Para Sempre’. Aonde encontro o príncipe? Alguém pode me contar sobre o canto dos pássaros? O sapo virou Rei, o cisne, princesa?
Então observei que alguém me olhava, um olhar profundo e de amor.
_ Não! Não busque o coelho, as cartas são enganosas.

Ah, e como aquilo ardia dentro de mim.
Como não existir algo que sempre busquei? Quando a frase mais marcante penetrou meu coração... meus segundos pararam, e a respiração era tão silenciosa quanto ao amanhecer que apenas iluminava, o coração pulsava, sim... Eu podia sentir. Era algo forte, impactante que gritava e soluçava.
_ Você não nasceu pra ser Alice!
De perdida, encontrei e me apaixonei por aquele olhar.
Aquele único amor me dizia que não precisa mais ser quem eu sempre temia ser, e que de fato... Sempre fui, Alice.

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